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Catedral de Portalegre

Reabilitação da Sé Catedral de Portalegre, Claustro e Espaços Anexos

Praça do Município, Portalegre

CONCURSO 2014: 1º PRÉMIO do Concurso por Convite para Reabilitação da Sé Catedral de Portalegre, Claustros e Espaços Anexos

ARQUITECTOS: Rui Barreiros Duarte e Ana Paula Pinheiro

Mobiliário Litúrgico: Ana Paula Pinheiro

Arquitetura Paisagista: Arpas

Reabilitação das áreas de Culto: Construído (2023)

 

O Projeto de Reabilitação da Sé Catedral, Claustro e Espaços Anexos é realizado no âmbito do “Portugal 2020”. Na proposta de intervenção na Sé de Portalegre, Monumento Nacional (1910), procurou-se valorizar o conjunto patrimonial existente, através da recuperação do edificado e da criação de infraestruturas adequadas.

Toda a intervenção teve como conceitos chave a reversibilidade, sustentabilidade, versatilidade e simplicidade, com respeito pelo Património.

Esta fase corresponde a uma adaptação de uma visão mais abrangente para a recuperação e dinamização cultural da Sé Catedral, constituindo a 1ª parte de implementação do Projeto.

De acordo com estes enunciados, a intervenção partiu duma investigação histórica e construtiva feita ao longo dos séculos e da intervenção em 1940 feita pela Direção Geral dos Monumentos Nacionais, cumprindo agora as regras definidas e impostas pela Direção Geral do Património Cultural DGPC, entidade supervisora conjuntamente com a Direção Regional da Cultura do Alentejo DRCALEN.

Foram removidas as construções anexas construídas ao longo do tempo e que desvirtuavam o carácter do edificado, no sentido de clarificar a autenticidade da Sé, permitir uma adequada iluminação natural e evitar infiltrações.

Saber acrescentar anonimizando as intervenções, traduz o valor e a autenticidade que norteou o Projeto. De realçar a clarificação construtiva e espacial introduzidas, bem como a adequação de materiais que retomam princípios históricos como é o caso do revestimento a azulejos tradicionais dos coruchéus. A criação do lambril do claustro em mármore branco de Estremoz; a recuperação, reorganização e clarificação dos padrões dos azulejos dos lambris e espaços arquitetónicos; a recuperação construtiva e espacial do Coro Alto; da casa do Sineiro e outros espaços como as Capelas e Sacristia; a criação de uma zona nova de receção, bengaleiro e Instalações Sanitárias; a iluminação do monumento; o mobiliário litúrgico – altares, ambões, cadeiral do altar e bancos para os fiéis.

A intervenção é pluridisciplinar, tendo relevância toda a Conservação de pintura Maneirista das capelas e altares, e a utilização de materiais e processos construtivos adequados como a recuperação de coberturas, escoamento de águas, argamassas e juntas.

O cromatismo do monumento foi um fator determinante no modo de utilizar as pedras, argamassas, pinturas e juntas. O revestimento a cal dos anos 40 que cobriam as pinturas da arquitetura da Sé persistiu. Abriram-se janelas para se poder visualizar a intervenção pictórica subjacente e eventual intervenção futura.

Fotógrafo: Telmo Miller

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